quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Bastidores Natal


Assim se faz um panetone artesanal

TEXTO: ANA MUNIZ

Presença obrigatória nas mesas de Natal, o panetone conquistou os brasileiros, principalmente por causa da imigração italiana do início do século passado. As principais marcas do mercado são a prova disso: Bauducco, Visconti, Cristallo... Outra família que se aventurou a atravessar o oceano, da Itália para o Brasil, é a Di Cunto, que também trouxe na bagagem a receita artesanal de um pão doce feito com frutas secas. Aquele simples doce que a família italiana tanto gostava é hoje o disputado panetone feito desde 1939 na já tradicional fábrica e doceria Di Cunto, instalada no bairro da Mooca.
Quando se vê o panetone na prateleira, ninguém imagina o trabalho que dá para fazê-lo. todo dia, dez confeiteiros produzem ali 150 panetones de 1 quilo ou 300 unidades de 500g. Entre novembro e dezembro, são feitas 55 mil unidades – entre 1k, 750g e 500g. Na Di Cunto, os panetones não são exclusividade da época do Natal. Ele é preparado diariamente, de janeiro a dezembro.
Para que os leitores de RSVP entendam melhor todo o processo que dá origem ao item mais popular das mesas natalinas, nossa reportagem invadiu a cozinha da família Di Cunto. Conheça a seguir alguns fatos básicos e algumas curiosidades sobre a produção do legítimo panetone artesanal.

Fundada em 1935, a história da doceria Di Cunto começa com um engano de país. Em 1878, o italiano Donato Di Cunto, órfão de pai desde os 14 anos, decidiu migrar para Montevidéu com apenas 17 anos, onde a mãe tinha parentes. Analfabeto quando embarcou em Nápoles com destino a Montevidéu, recebeu da mãe a orientação de que deveria desembarcar no terceiro porto contado após a travessia do Atlântico: Rio de Janeiro, Santos e, finalmente, Montevidéu. Mas, durante a longa viagem de navio, houve a bordo um surto de uma doença contagiosa, que obrigou o navio a fazer uma parada forçada, para um período de quarentena. O imprevisto confundiu o garoto, que considerou o porto de Santos como a terceira parada e desembarcou. Em Santos, percebeu o erro, pois não havia ninguém para encontrá-lo e muito menos quem compreendesse o italiano. Percebeu que não tinha mais volta. Sorte dos paulistanos. Caso contrário, não conheceriam o famoso panetone da família!
Em São Paulo, trabalhou como carpinteiro e teve como chefe o arquiteto Ramos de Azevedo. Mas queria mais. “O Donato sempre quis ter um negócio próprio e trazer a família”, explica o bisneto Marco Alfredo Di Cunto Jr, responsável pelo departamento de marketing. Em 1889, inaugurou uma das primeiras padarias de São Paulo. Mais tarde a segunda, localizada na Alameda Taubaté, hoje Borges de Figueiredo, que abriga a Di Cunto desde então. Com duas padarias, decidiu fechar a primeira e investir todos os esforços na recém comprada. Voltou para a Itália para buscar mais familiares e nunca mais voltou.
Os filhos – Vicente, Lorenzo, Roberto e Alfredo – vieram para o Brasil, reacenderam o forno e inauguraram a Irmãos Di Cunto em março de 1935, que cresceu, cresceu e cresceu como uma massa de panetone e hoje tem 8 mil m2 de área construída, sob o comando dos netos de Donato – Reinaldo, Marco Alfredo, Paula Porta e Antônio Carlos Di Cunto.
A estrela da casa é o panetone, mas o misto de doceira, fábrica, restaurante e rotisserie possui uma linha de mil produtos, entre doces napolitanos, como o sfogliattele, massas caseiras, salgados e pães. A produção do bolo natalino movimenta cifras impressionantes: a cada ano, são consumidos 475 kg de gotas de chocolate, 6 toneladas de uvas-passas, 3800 kg de frutas cristalizadas, 3800 kg de gemas, 15 toneladas de margarina e gordura vegetal e 70 toneladas de farinha de trigo. O processo todo dura 72 duas horas, dos ingredientes crus às prateleiras da loja.
A primeira fase é a produção do fermento natural e da massa, feita no fim da tarde pelo chefe da confeitaria Silvio Barbosa, que trabalha desde 1985 na Di Cunto. “Não usamos fermento industrializado, pois o que fazemos aqui garante um sabor especial ao produto”, explica Barbosa. A massa descansa de 12 a 14 horas e, no dia seguinte, às 6h30, os funcionários já trabalham a todo vapor. Colocam a massa do dia anterior na batedeira industrial, onde ela recebe mais um reforço (com farinha, gemas e leite). Para os 170 kg de massa que são fabricados diariamente - e que rendem 150 panetones de 1 quilo ou 300 de 500g -, usa-se 10 kg de frutas cristalizadas e 20 kg de uvas-passas para a receita tradicional ou 15 kg de gotas de chocolate para fazer os chocotones.
Misturados todos os ingredientes, é hora de pesar e dividir a massa em nacos de 1 kg, 500 g ou 750 g. Em seguida, os padeiros arrumam os panetones em tabuleiros, para que descansem por mais duas ou três horas. Depois, os panetones são enrolados manualmente – processo feito desde a inauguração da casa -, colocados em formas de papel e levados ao forno por 50 minutos. Só no dia seguinte, após resfriar, eles são embalados.
O segredinho para que o panetone faça tanto sucesso a família não revela. Mas Marco Alfredo acredita que um dos fatores é a dedicação dos funcionários. “Como a empresa é familiar, não abrimos mão do respeito e carinho pelos funcionários. Temos trabalhadores que estão aqui há 40 anos”, orgulha-se. Outro detalhe que ajuda a manter a qualidade é que, após o panetone ficar pronto e antes de ir para a loja, os sócios se revezam para experimentar o produto. “Assim, temos certeza de que está bom”, conta. Um dos orgulhos da família é que a Di Cunto é a mais antiga fábrica de panetone em atividade no Brasil. “Ensinamos o nosso cliente a comer panetone o ano inteiro sem ter de esperar pelo Natal”, finaliza Marco Alfredo.

Di Cunto: Rua Borges de Figueiredo, 61/103 – Mooca. Tel.: 6292-7522.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Gastronomia: A Rota das Flores


INGREDIENTE DE PRATOS SOFISTICADOS, A FLOR ENFEITA
E DÁ SABOR À CULINÁRIA DA PRIMAVERA

TEXTO: ANA MUNIZ

Charmosas, perfumadas e coloridas, as flores remetem a emoções. São lembradas para alegrar um ambiente, para demonstrar carinho, declarar amor e até para pedir desculpas. Enfeitam roupas, gastronomia, cabelos, casas e pratos. Mas poucos se lembram de que também podem ser um sofisticado ingrediente de culinária, enriquecendo iguarias como risotos, massas, saladas e o que mais a imaginação inventar. As comestíveis mais conhecidas são amor-perfeito, calêndula, capuchinha, cravo, dente-de-leão, hibisco, lavanda, rosa e violeta. Sinônimo de sofisticação, hoje fazem parte do cardápio de inúmeros restaurantes paulistanos, que as utilizam para realçar o sabor dos pratos e deixá-los mais atraentes. Transformaram-se até em drinques, com restaurantes oferecendo bebidas à base de essência de flores para celebrar a primavera.

Quem ainda se surpreende com a preparação de pratos com flores, deve lembrar que, até poucos séculos atrás, o tomate, na Europa, era utilizado para enfeitar vasos. Demorou para os europeus descobrirem que aquela bolinha vermelha e reluzente também era comestível.
Hoje, quando se fala em flores como ingrediente, muitos torcem o nariz e acham que é apenas uma moda passageira. Um engano, já que o hábito de incluí-las na culinária existe desde a Idade Média. A nutricionista e especialista em gastronomia Andréa Esquivel, que tem inúmeros artigos publicados sobre flores comestíveis, conta que a idéia de ingeri-las surgiu no século 17, na França, ganhando força com a culinária do banqueteiro francês François Vatel (1631-1671), que fez fama e escola mundo a fora por causa da apresentação glamourosa e refinada de seus pratos. “Era uma época repleta de saraus e banquetes. Então, para dar um toque decorativo e, principalmente, de requinte, utilizavam-se flores”, explica Andréa. Logo, inúmeros países europeus assimilaram a iguaria. Na Inglaterra, no período da rainha Vitória, as mulheres serviam com orgulho pétalas de rosas cristalizadas, preparadas em uma mistura simples de água, clara de ovo e açúcar. Mas nem todas as espécies podem ser ingeridas. Existem as tóxicas, como as violetas africanas, os crisântemos, o copo-de-leite e o lírio, entre outras.

Maní
Rua Joaquim Antunes, 210 – Jardim
Paulistano. Tel.: 3085-4148.
No restaurante comandado pela chef Helena Rizzo, a salada mata atlântica (flores do campo, agrião, rúcula, mache, azedinha, manga, pupunha, aipo e maracujá ao azeite) é a preferida da clientela. Preço: R$ 28.
Matriz Hamburgueria
Rua Mário Ferraz, 404 – Itaim.
Tel.: 3167-0678.
A hamburgueria oferece a leve e gostosa
Matriz flower salad (erva-doce, alfaces diversas, rúcula, palmito pupunha, tomate
caqui, endívia, croutons da casa, molho francês e flores comestíveis). R$ 19,90.
Nakasa Sushi
Rua da Consolação, 3147 – Consolação.
Tel.: 3064-0970.
No restaurante japonês fazem sucesso as cestinhas de harumaki (tataki de peixe
assado direto no fogo ou grelhado numa chapa quente com a flor calandiva). R$ 17.
Natural & Taste
Rua Haddock Lobo, 855
Cerqueira César. Tel.: 3891-0244.
O chef Kiko Hwang reformulou o cardápio e incluiu uma série de pratos com flores,
como a salada primavera (escarola, alface americana, agrião, tomate-cereja, milho
e amor-perfeito) R$ 8. Experimente também o drinque floral (infusão de pétalas de amor-perfeito com mel, gengibre e gim) por R$ 16.
Picchi
Rua Jerônimo da Veiga, 36 – Itaim Bibi.
Tel.: 3078-9119
O chef faz pratos com a iguaria há quase dez anos. Entre eles, o ceviche de salmão com flores comestíveis. Preço R$ 32.
São Paulo-Tokyo
Rua Borges Lagoa, 1
172 – Vila Clementino.
Tel.: 5575-8125.
Faz sucesso o sushi com flor comestível (tartar de salmão)
batido com pepino japonês, um pouco de maionese, cebolinha
picada, azeite trufado, flor de sal e pétalas de flor de capuchinha –
porção para quatro pessoas, R$ 42. Opção: o temaki de camarão cozido com tiras
bem finas de pepino japonês e pétalas de flor de capuchinha. R$ 18.
Tantra
Rua Chilon 364 – Vila Olímpia.
Tel.: 3846-7112.
Em homenagem à primavera, o chef e proprietário Eric Thomas criou um
cardápio completo com flores, incluindo a salada japonesa wafu (com legumes
variados, sushi de frutas e flores comestíveis), R$ 20.
Terraço Jardins
Al. Santos, 2233 – Jardins. Tel.: 3069-2621.
Sugestão: o robalo com lâminas de amêndoas, pupunha assada e flores
(calêndula ou capuchinha). R$ 54.
Torero Valese
Rua Horácio Lafer, 638. Tel.:3168-7917.
O chef e proprietário Juliano Valese serve carpaccio de jamon com melão e geléia de pimenta com amor-perfeito. R$ 35,90.
DRINQUES:
Museum
Rua James Joule, 65 – Brooklin.
Tel.: 5507-3650.
O dining club celebra a primavera com a criação de três drinques: clockwork orange (vodca, licor de pêssego, monin de tangerina, suco de abacaxi, hortelã e
água de flor de laranjeira), purple haze (vodca, sucos cítricos e xarope de violeta) e red rose (saquê, suco, licor de morango e xarope de rosas). R$ 24.
Forneria San Paolo
Rua Amauri, 319. Tel.: 3078-0099.
A casa oferece o drinque primavera (uva, vodca com gelo, licor de violeta e
amor-perfeito para decorar). R$ 25.
Badebec
Avenida Giovanni Gronchi, 5 819
(Shopping Jardim Sul). Tel.: 3742-1488.
O restaurante serve o torteli de chèvre ao limone e flores de capuchinha e o tabule
de frutas secas e flores comestíveis. Durante a semana, funciona em sistema
de quilo. Nos fins de semana, o preço é fixo: R$ 35,40 (sáb.) e R$ 45,20 (dom.)
Casa da Fazenda
Avenida Morumbi, 5 594 – Morumbi.
Tel.: 3742-2810.
Durante a primavera, o chef Vincenzo Vessicchio brinda a estação com pratos
especiais servidos durante o almoço executivo. Exemplos: risoto de prímula
por R$ 40, e tagliata de filé mignon e batata crocante com flores a R$ 60.
Dressing
Rua Amauri, 337 – Itaim. Tel.: 3167-5347.
No badalado endereço, o chef Edinaldo Santana faz a salada primavera
(morangos, camarões, alfaces roxa e lisa, rúcula e a flor amor-perfeito). R$ 45,00.
Govinda
Rua Princesa Isabel, 379 – Campo Belo.
Tel.: 5092-4816.
Na casa de cardápio indiano, a dica é provar o fetuccine ao molho de rosas e
vinho do Porto. R$ 79,90.
Kinoshita
Rua Jacques Félix, 405 – Vila Nova
Conceição. Tel.: 3849-6940.
O chef Murakami prepara o ikurá oroshi do bosque (nabo ralado, ovas de salmão e as flores amor-perfeito, borago, calêndula, capuchinha e rosa). R$ 48.
Wraps
Rua Oscar Freire, 206. Tel.: 3562-0420.
Especializados em alimentação saudável, uma boa opção é o smoothie laranjeira
(combinação de abacaxi com maçã verde, água de rosas e frozen iogurte). R$ 9,90.
ONDE COMPRAR AS FLORES :
CASA SANTA LUZIA
Alameda Lorena, 1 471 – Jardins.
Tel.: 3897-5000.
Vende amor-perfeito, capuchinha,
calêndula e minirrosas.
EMPÓRIO SANTA MARIA
Av. Cidade Jardim, 790 – Itaim.
Tel.:2102-77003816-1329.
Aqui você encontra rosas e a capuchinha.
ERVAS FINAS
Tel.: 4039-1054. Mais informações:
www.ervasfinasnet.com.br
Produz vários tipos de flores com cultivo totalmente isento de produtos
químicos. Entre elas, amor-perfeito, borago, calêndula, capuchinha,
minirrosa e flor de abobrinha.
PÃO DE AÇÚCAR
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3 126
Jardim PaulistaAv. Brigadeiro Faria
Lima, 2 232 (Shopping Iguatemi). Mais informações Tel.: 0800-7-732-732.
Há opções de capuchinha amarela,
laranja e violeta.

CHEF ITALIANO ENSINA O SEGREDO
PARA CRIAR PRATOS COM FLORES


Há dois anos à frente da cozinha da Casa da Fazenda, o chef italiano Vincenzo Vessicchio adora criar pratos à base de flores comestíveis, o que faz já há oito anos. “No meu país, como o inverno é muito rigoroso, procuramos valorizar ao máximo a primavera e toda a sua belíssima florada”, conta. Com toda a experiência adquirida, ele ensina que, como as flores são muito delicadas, a maneira ideal é prepará-las em saladas e receitas rápidas, que não cozinhem por muito tempo, como risotos e tempurás.“ Se ficarem horas no fogo, escurecem e perdem todo o frescor”, diz. Defensor de pratos à base desse precioso ingrediente, Vincenzo acredita que a única dificuldade em trabalhar com o produto é o custo alto: “não é todo mundo que faz esse tipo de cultivo, o que aumenta os preços. Sem contar que é difícil encontrar várias opções de flores”. Para quem quer surpreender os amigos, Vessicchio ensina a preparar um prato gostoso e diferente. E, é importante saber que as flores utilizadas na alimentação não são as mesmas vendidas em floriculturas — que recebem produtos químicos durante o cultivo, para se manterem frescas e bonitas. “O ideal é comprá-las em locais especializados em flores comestíveis”, ensina Andréa. São endereços que adotam o cultivo orgânico, sem defensivos ou qualquer tipo de química. Uma curiosidade: muitas flores já fazem parte da nossa alimentação diária e nem nos damos conta, como o brócolis, a couve-flor e a alcachofra. Em terras brasileiras, elas estão presentes desde a chegada da corte portuguesa, principalmente para decorar os pratos. Hoje, se destacam em inúmeros restaurantes paulistanos. Confira a lista e... bom apetite!

Para o chef Vincenzo Vessicchio, da Casa da Fazenda, flor é ingrediente para o ano todo.
Abaixo, risoto primavera com prímulas.
Risoto Primavera (4 porções)
Ingredientes
• 280 a 300g de arroz arbóreo
• 1/2 litro de caldo de legumes
• 1 cebola picada
• 2 colheres cheias de manteiga
• 1 xícara de chá de queijo parmesão ralado
• 1 pacote de 200 g da flor comestível prímula
• 1 copo de champanhe
• 1/2 copo de azeite
Modo de preparo
Misturar a cebola e o azeite na panela até dourar.
Colocar o arroz e deixar tostar. Em seguida,
acrescentar o copo de champanhe, deixar evaporar
o álcool durante 3 a 4 minutos e começar a juntar
o caldo de legumes — aproximadamente, 18 minutos
da primeira à última concha. Desligar o fogo, reunir
a flor, a manteiga e o parmesão. Decorar e servir.

(revista RSVP - Editora Caras)

Três chefs mostram como você pode surpreender o seu pai com receitas gostosas e fáceis de fazer


TEXTO: ANA MUNIZ FOTOS: CLEIBY TREVISAN

Com gostinho de fazenda
Os tempos de criança vividos no interior da Bahia inspiraram
o chef da rede de hotéis Gran Estanplaza, Waldomiro Santos, a criar um típico café da manhã de fazenda. “No início, idéia era só fugir do convencional, mas os hóspedes e visitantes gostaram tanto que esse café com gostinho de interior já é servido aqui há três anos”, conta Santos. No buffet, há 28 itens que lembram os aromas do campo, como os de broa de milho, canjica, arroz doce, rabanada, curau, melado de cana, queijo coalho e pamonha. “Lembrei das receitas da minha mãe, daquele cheirinho de bolo de milho no forno”, explica ele, que nasceu em Caetité, interior baiano. E é justamente o bolo de milho verde, tão saboroso e macio que se desmancha na boca, o preferido de todos: não há quem resista! O melhor é que a receita é fácil, como você pode checar ao lado. O café da manhã custa R$ 35 por pessoa e, no Dia dos Pais, será servido das 6 às 11 horas.
Gran Estanplaza: Rua Arizona, 1 517 – Brooklin.
Tel.: 0800-726-1500.


BOLO DE MINHO VERDE

INGREDIENTES (12 porções)
• 6 espigas de milho verde
• 2 colheres (sopa) de manteiga
ou margarina derretida
• 1 colher (sobremesa) de fermento em pó
• 1 colher (café) de canela em pó
• 2 xícaras (chá) de leite
• 2 xícaras (chá) de açúcar
• 4 ovos
Gran Estanplaza: Rua Arizona, 1 517 – Brooklin.
Tel.: 0800-726-1500.

MODO DE PREPARO
Retire todos os grãos de milho com o auxílio de uma faca bem afiada, cortando-
os bem junto ao sabugo. Coloque no liquidificador, bata um pouco e junte o açúcar, o leite, a manteiga, os ovos e a canela. Por fim, adicione o fermento, fora do liquidificador. Coloque na fôrma untada e asse no forno pré-aquecido. Desinforme frio.

Direto do Oriente
Já pensou em surpreender seu pai com um café da manhã oriental? À primeira
vista, o cardápio parece um típico almoço nipônico, mas, na realidade, trata-se de um café da manhã japonês, servido no recém-inaugurado Royal Hotel, nos Jardins. “No Japão, os trabalhadores tomam café reforçado. Afinal, trabalham até 14 horas por dia”, diz a gerente-geral Elly Shimasaki. Para executar os pratos
com precisão, o chef Edinaldo João da Silva passou por um treinamento com profissionais orientais. O resultado é um menu com omelete japonesa, arroz, miso, shiro, tofu, caldo de galinha e soja em conserva. Mas a es trela deste “café-almoço”, com 15 iguarias, é uma deliciosa berinjela ao molho de gengibre, saquê e
shoyu, que tem sabor adocicado e é servida com salmão grelhado. “Os hóspedes japoneses, quando vêem esse café da manhã, sentem-se em casa. Já os brasileiros experimentam por curiosidade e sempre gostam”, diz Silva. Preço por pessoa: R$ 30. O café é servido das 7 às 11 horas. Royal Jardins: Al. Jaú, 729 – Jardins. Tel.: 3245-7700.

BERINJELA REFOGADA

INGREDIENTES
(para 4 porções)
• 500 g de berinjela
japonesa
• 4 colheres (sopa)
• Um pedacinho de gengibre

INGREDIENTES
DO TEMPERO
• 200 ml de água
• 3 colheres (sopa)
de shoyu
• 2 colheres (sopa)
de açúcar
• 1 colher (sopa)
de saquê

MODO DE PREPARO
Lave as berinjelas e tire as pontas. Corte-as ao meio
e, em seguida, em fatias de 1 a 1,5 cm de espessura.
Coloque para fritar e espere dourar, com a casca pa -
ra baixo. Depois, coloque o tempero que foi previamente preparado, vire as fatiase deixe em fogo baixo por 5 ou 6 minutos. Sirva-as com salmão grelhado e gengibre ralado.

MODO DE PREPARO
DO TEMPERO
Misture a água, o shoyu,
o açúcar e o saquê. Reserve.

Leve, light e natural
Para os pais preocupados com a boa forma, uma boa sugestão é o café da manhã light desenvolvido pela chef e consultora gastronômica Adriana Cymes, para o restaurante Frutaria São Paulo. Próxima ao Parque do Ibirapuera, a casa nasceu com vocação para a gastronomia saudável. “Hoje em dia, não são só as mulheres que se preocupam com o corpo. O homem moderno é vaidoso e quer viver com qualidade”, diz. No café desenvolvido por Adriana, há iogurte desnatado com granola, pão integral, queijo branco e suco de abacaxi com erva-cidreira. Para repor as energias, o papai esportista também pode saborear uma boa taça de açaí. E tem mais. O desjejum também inclui uma saborosa e leve omelete de claras recheada com queijo cottage e peito de peru. Aos domingos, o café da manhã é das 8h às 12h. Não há um preço fixo para o café da manhã, paga-se o que consumir. A farta omelete custa R$ 21,90.


Frutaria São Paulo: Avenida Hélio Pellegrino, na altura do nº 100. tel.: 3846-1124.


OMELETE DE CLARAS
COM COTTAGE E PEITO DE PERU

INGREDIENTES DA MASSA
DA OMELETE
• 2 claras batidas em neve
• 4 claras
• sal
• pimenta-do-reino

INGREDIENTES DO RECHEIO
• 3 colheres (sopa) de queijo cottage
• 2 colheres (sopa) de peito
de peru picado
• 2 colheres (sopa) de alho poró
refogado
• 1 pitada de sal
• 1 pitada de pimenta-do-reino

MODO DE PREPARO DA MASSA
Bata as claras em neve junto com o sal e a
pimenta. Misture, em primeiro lugar, a metade
das claras em neve com as claras normais,
e depois a outra metade.

MODO DE PREPARO DO RECHEIO
Misture todos os ingredientes e reserve.

MODO DE PREPARO DA OMELETE
Esquente a frigideira com um pouco de azeite e co loque a massa. Quando a omelete estiver no ponto para virar, acrescente o recheio e feche-a.

(revista RSVP - Editora Caras)

Onde os coelhos fazem a festa o ano todo


TEXTO: ANA MUNIZ FOTOS: CAIO GUIMARÃES

Páscoa lembra renascimento, ovos de chocolate e, claro, o famoso coelhinho, símbolo da
fertilidade. Mas, além do conhecido coelho branquinho que as crianças adoram, há outras espécies pouco conhecidas como o lop, bem calmo, de orelhinhas caídas e que possui um pêlo bem macio. Para conhecer um pouco mais sobre a vida desses roedores tão adorados, principalmente pelas crianças, a dica é visitar a Fazenda Angolana, em São Roque, a 60 km de São Paulo. Lá, os coelhos são as estrelas. A fazenda abriga a maior criação de coelhos do Brasil, com 10 mil cabeças. O local é um verdadeiro paraíso para adultos e crianças que gostam de bichos. Na propriedade, vivem ainda animais de várias espécies, como lhamas, minipôneis, carneiros, cabritos, esquilos, emas, pavões,pássaros e cachorros, em uma área de 160 mil m2 de muito verde.

­A maior fazenda de cunicultura do Brasil — é esse mesmo o nome para a criação de coelhos — nasceu de um sonho do paulistano Ludwig Dewald Paraschim, de 70 anos. Descendente de suíços, o zootecnista sempre teve contato com a natureza e paixão por animais. Mesmo quando morou na Alemanha por cinco anos, época em que estudava metalurgia, dava um jeitinho e criava alguns coelhinhos em casa. De volta ao Brasil, trabalhou alguns anos na Volkswagen até que, há 25 anos, decidiu comprar uma fazenda para criação de coelhos. Foi batizada de Angolana — uma mistura de angorá (raça do coelho que criava) e lana (lã em
espanhol). O sucesso foi total e, na década de 90, chegou a ter 300 funcionários e 70
mil cabeças de coelhos angorá, que, com o pêlo tosquiado, dava origem a uma lã ultrafofa
ideal para confeccionar peças de cashmere. “Aí veio o Plano Collor e eu perdi tudo.
Nossa lã não valia mais nada”, lembra. A recuperação começou dez anos atrás de forma lenta, mas “persistente”, como define o proprietário. Entre as maneiras que encontrou para se reerguer, estava transformar a Angolana em uma fazenda múltipla. A criação de coelhos continua — mas não só de angorá. Hoje são mais de 20 raças diferentes de coelhos, que variam de 2 a 5 kg. Há também os gigantes, que podem chegar a até 8 kg. “Dos 10 mil coelhos da criação, apenas 50 são angorá”, diz Ludwig. A Angolana sobrevive da comercialização dos animais, da fabricação de gaiolas e do turismo. Na fazenda, o dia começa bem cedinho para Ludwig, por volta das 6h, ele já está circulando pela área, alimentandoos animais e recepcionando os 25 funcionários que chegam em torno de 7h. Os coelhos são as estrelas da fazenda e, além de entreter a criançada, também são vendidos para pet shops (alguns bem conhecidos, como o Cobasi), além de irem para abate em frigoríficos de todo o Brasil.
Neste local, tudo que é de coelho se aproveita. A lã ainda é retirada e vendida para a fabricação de artesanato; a pele se transforma em casacos e chapéus. Mas, com certeza, o principal atrativo da fazenda é o turismo. “Para torná-la mais interessante para o público, crio
outros animais, como lhama, avestruz e faisão.” O resultado foi tão positivo que hoje a fazenda conta com mais de 150 espécies diferentes. No local, há desde cães da raça beagle a minivacas. Por falar nos cachorrinhos, quem cuida de todos eles, mais de 35, é Daniel Dewald Paraschim, que comanda a fazenda ao lado do pai, Ludwig. “Os beagles fazem um enorme sucesso com os visitantes. Quando temos excursões de crianças, é uma loucura, porque essa é uma raça festeira, que adora brincar”, diz Daniel.

Na Angolana há mais de 20 espécies de coelhos. O tradicional branquinho custa a partir de R$ 15. Os de origem européia (ao lado) são vendidos a preços que variam de R$ 20 a R$ 50.
1 - A Chinchila, acinzentada, é a preferida para fazer casacos e tapetes. Pesa, em mé dia, 4 kg.
2 - A raça Lop, de orelhas caídas, é muito comercializada em pet shops, pois são bem calmos.
Pesam, no máximo, 2 kg.
3 - O Minifuzzi Lop, com pêlos na cara, também é o queridinho das pet shops. Também é calmo e tem a orelhas caídas. Pesa 2 kg.
4 - O Rex, de origem suíça, é uma espécie rara criada por cunicultores só como hobby. Na Europa, sua pele é usada em casacos. Pesa até 4,5kg. Com tantos bichinhos, não precisa nem
dizer que o local virou ponto turístico. Por semana, a fazenda recebe aproximadamente
três ônibus lotados de crianças que não vêem a hora de conhecer os coelhos e os outros animais criados por lá. “Muitas ficam fascinadas e com os olhos brilhando, pois nunca estiveram tão próximas dos animais”, diz o fazendeiro.

Na semana da Páscoa, vai haver uma programação especial na Aldeia dos Coelhos, um amplo espaço com muitos coelhinhos soltos para que as crianças possam senti-los e afagá-los. E, por falar neles, Ludwig avisa a adultos e crianças que, ao contrário do que dizem por aí, coelho não gosta de cenoura, mas sim da rama do legume. “O único coelho que eu conheço que gosta de cenoura é o Pernalonga”, brinca o zootecnista. Nos fins de semana, a fazenda recebe mais
de 200 visitantes (famílias inteiras) que buscam um contato maior com a natureza. Para recebê-los, há monitores de educação física, turismo, lazer e zootecnia. Cada um em sua área mostra como funciona o dia-a-dia na fazenda. Para aqueles que desejam passar o dia no local, a Angolana conta com uma lanchonete que serve de lanches e almoço. Os animais fazem tanto
sucesso na propriedade que o incansável Ludwig se prepara para encarar um projeto maior. “Até o segundo semestre deste ano vou fazer um zoológico da fauna brasileira dentro da fazenda com espécies como anta, arara e cotia. Quero ensinar a importância da preservação ambiental para a nossa vida”, finaliza o fazendeiro. ■

Fazenda Angolana: Estrada da Campininha, 257. Tel.: 4711-1640. (Rodovia Raposo Tavares altura do km 60, em São Roque). Escolas e grupos podem agendar visitas durante a semana,
a partir de R$ 10 por pessoa. No fim de semana, a entrada individual, custa R$ 1.
(revista RSVP. Editora Caras)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Um pedacinho de Cuba a uma hora de São Paulo



TEXTO: ANA MUNIZ FOTOS: CAIO GUIMARÃES

Poucos paulistanos que apreciam degustar e dar gostosas baforadas em habanos e puros imaginam que, a 100 quilômetros da capital (pouco mais de uma hora de viagem), existe uma fazenda que produz diariamente cerca de mil charutos com matéria-prima brasileira e tecnologia cubana. Na Fábrica La Union, comandada pelo cubano Diógenes Puentes desde 1999 no município de Boituva, são produzidos os produtos da marca Don Porfírio. O mestre charuteiro, como é chamado por causa de sua experiência na fabricação, participa e acompanha de perto todas as etapas da produção do charuto para garantir a qualidade.
Quem quiser conhecer um pouco mais sobre esse universo e saber como funciona uma fábrica de charutos pode participar das excursões até a La Union organizadas por Arthur Avedissian, dono da tabacaria Premium Cigars e um especialista no assunto. “O objetivo é proporcionar uma experiência única e com isso criar mais adeptos do mundo do charuto”, explica o paulistano.

Avedissian, que acaba de retornar de Cuba, conta que a idéia do passeio pela La Union é mostrar aos visitantes toda a magia que envolve a produção de um puro. A próxima visita, para 12 pessoas, está agendada para o dia 16 de maio. As inscrições podem ser feitas na Premium Cigars com o próprio Arthur pelo telefone 3266-5002 ou através do e-mail premiumcigars@premiumcigars.com.br.
A origem da Fábrica La Union é curiosa. Assim como o nome Don Porfírio, que significa Dom Teimoso, Diógenes Puentes, quando tem uma idéia, não desiste facilmente de levá-la adiante.
Após ter trabalhado por mais de 10 anos na fábrica cubana de charutos Romeu & Julieta — uma das mais famosas do mundo —, em 1998 ele veio visitar seu pai, que morava no interior de São Paulo, e percebeu que teria mais chances de evoluir e crescer economicamente se usasse seu know how para implantar aqui no Brasil uma manufatura de charutos. Mas que fique claro: Diógenes não é um refugiado de Cuba. “Meu pai já morava em Araraquara. Saí de Cuba de maneira legal, tanto que já voltei lá algumas vezes para rever meus parentes”, diz.
Após conhecer a região de Boituva, ele e seu compadre, o também cubano Mario Gonzalez, decidiram abrir a fabriqueta em 1999. Ele sofreu para recrutar quem quisesse ser charuteiro. Juntou sete mulheres e ensinou por três meses o ofício. “De dez que faziam o teste, só uma passava. É um trabalho difícil e requer talento, afinal envolve muita habilidade manual”, lembra. Pouco tempo depois, os dois atravessaram momentos bem difíceis financeiramente. Gonzalez saiu do empreendimento e Diógenes ficou só. Foi à falência, mas nem assim desistiu. Sem jamais perder a ternura e a esperança, conheceu em 2006 o empresário Luis Cláudio Barone. Dessa união de forças surgiu a La Union, que hoje possui 30 funcionários.
A primeira providência foi retirar todo o produto antigo do mercado e apresentar o novo. “Reformulamos tudo, desde a embalagem até o fumo. Então, decidimos fazer a troca sem custo nenhum para o comerciante, pois trata-se de um novo charuto”, explica Diógenes. Na fábrica, o charuto é feito artesanalmente, com 100% de tabaco natural, sem aditivos químicos, como ocorre no cigarro. Hoje, a La Union, que tem 100 mil puros no estoque, produz charutos long filler (feitos com folhas inteiras de fumo) e medium filler (com pedaços médios de folhas). A fábrica também faz cigarrilhas, chamadas de short filler, elaboradas com fumo picado. Todo o tabaco usado para fazer o Don Porfírio vem do Recôncavo Baiano — o quilo do fumo custa algo em torno de US$ 40. Nas tabacarias, um charuto Don Porfírio custa de R$ 8 a R$ 22.
Fábrica La Union: Rua Evaristo Martins de Lima, 522. Bairro Esplanada (Boituva). Tel.: (0xx15) 3363-1641.

Viaje ao Japão com o seu carro

TEXTO: ANA MUNIZ FOTOS: BRUNO BARRIGUELLI

Construções em estilo japonês, lagos com carpas, espaços para meditação e muita área verde com macacos, sabiás e beijaflores. Esse paraíso, chamado de Kinkaku-ji - Vale dos Templos, fica a apenas 35 km da capital, em Itapecerica da Serra.

O local remete à cidade imperial de Kioto, no Japão, e é perfeito para os paulistanos que vivem estressados com a correria e o trânsito da metrópole. Quem visita o Vale dos Templos, além de se encantar com a beleza do lugar, também encontra uma réplica do Kinkaku-ji (templo dourado, em japonês) construído em 1397 e considerado um dos mais bonitos do mundo.
A versão paulista foi construída sobre um lago. O local abriga também o Enkô-ji (templo das almas), construção zen-budista onde é possível meditar e orar.
Todo o vale foi idealizado pelo norte-americano Alonzo Bain Shattuck, veterano da 2ª Guerra Mundial e apaixonado pela cultura nipônica. “Tentei criar um pedaço do Japão aqui no Brasil e acho que consegui”, orgulha-se.

Os templos localizam-se em uma reserva de Mata Atlântica com área de 42 mil m2. Para chegar até lá, os visitantes caminham por trilhas íngremes, mas belíssimas, e enfrentam os mais de 250 degraus de uma escadaria. Na entrada, há o portal San Mon, que só é aberto em datas especiais, como o 1º dia do ano, Dia das Mães e Dia das Crianças, entre outros. A administradora do templo, Terezinha Toshiko Akune, explica que, segundo as tradições milenares, nestas datas é permitido aos espíritos elevados retornarem à Terra para visitar
seus entes queridos. “Então abrimos o portal para permitir a passagem deles”, diz.
Muitos visitantes não imaginam, mas, em meio a tanta beleza, o Vale dos Templos também é um cinerário, onde são guardadas as cinzas daqueles que optaram pela cremação. Toda a concepção do local foi um trabalho de Alonzo Shattuck, que, após lutar na 2ª Guerra Mundial, foi para o Japão participar da ocupação. No total, foram 15 anos no Oriente, tempo suficiente para tornar-se admirador da filosofia budista e das artes marciais.
Um dia, um amigo e professor de judô, que morava em Kioto, o convidou para visitar a cidade. “Quando conheci o Kinkaku-ji, todo folheado a ouro, fiquei extasiado e perplexo. Na minha opinião, é a obra arquitetônica mais bonita do mundo”, diz emocionado. O templo japonês que despertou tanta paixão em Alonzo foi construído originalmente para ser a casa do samurai Shogun Yoshimi Tsu Ashikaga e, mais tarde, a pedido do próprio, transformou-se num templo para guardar suas cinzas. Na década de 70, durante viagem ao Havaí, Alonzo conheceu uma réplica do templo, mas que era feita de concreto. “Pensei que, se um dia construísse, seria do jeitinho do Japão.”
Durante uma viagem de férias ao Rio de Janeiro, decidiu morar no país e construir o templo. “Sabia que em São Paulo havia uma enorme comunidade de japoneses. Pensando neles, Construí um pedacinho do Japão aqui.” Foram oito anos de construção, com projeto de arquitetura assinado pelo engenheiro civil, arquiteto e professor Takeshi Suzuki. Entre os detalhes, vale destacar que para construir a versão paulista do Kinkaku-ji, em madeira, não foi usado um único prego. “As vigas são todas encaixadas”, explica Alonzo. E a estrutura do telhado do templo é em concreto, coberto por placas de cobre, que dá a impressão de que trata-se de cobertura em casca de madeira.
O Vale dos Templos é emoldurado por jardins tipicamente orientais, com hortênsias e cerejeiras, além de orquidários, lagos com carpas coloridas, quedas d’ água e fontes de água natural. Terezinha, casada há sete anos com Alonzo, faz questão de enfatizar que o Vale dos Templos é um centro ecumênico aberto a todas as religiões, credos e filosofias. “Aqui temos missas, palestras e cultos. Não há descriminações. ”O templo, que conta com seis funcionários, sobrevive de doações e do cinerário — com a venda de nichos — que não tem taxa de manutenção. Uma vez por ano, a administradora realiza o Festival Primavera-Verão para divulgar um pouco da cultura oriental. A 8ª edição acontece este ano em agosto, nos dias 16 e 17, por causa das comemorações do Centenário da Imigração Japonesa. A programação inclui apresentações de artes marciais, danças orientais, workshops, shows, exposição de artesanato e festa com comidas típicas. “Aqui a gente sente uma paz interior muito grande. Quem vem pela primeira vez ao vale se surpreende com tanta beleza”, termina Alonzo. ■

Kinkaku-ji - Vale dos Templos: Rua Camarão, 220, Chácara Palmeiras (Itapecerica da Serra, a 35 km de São Paulo pela Rodovia Regis Bittencourt). Tel.: 4666-4895. Aberto de segunda a domingo, das 9h às 17h. A entrada custa R$ 5; menores de 10 anos e maiores de 65 não pagam.

(revista RSVP - Editora Caras)

De malas prontas para Pequim

TEXTO: ANA MUNIZ FOTOS: CAIO GUIMARÃES

Eles se dedicam de corpo e alma ao esporte. Não importa a modalidade, os atletas paulistas que chegam a Pequim são resultado de muita luta, persistência e sacrifícios. Com garra e esperança, essa turma, que nem sempre consegue patrocínio, promete brigar e muito na Olimpíada. Se tanto esforço valer uma bela performance, os brasileiros agradecem. Guarde esses nomes: Fabiana, Gustavo, Márcio e Luiza. E acompanhe-os a partir de 8 de agosto.

FABIANA MURER
A genética pode explicar o sucesso de Fabiana Murer, 27 anos, no salto com vara. Aos 7 anos, ela já se destacava na ginástica artística e adorava as acrobacias. Só que, na adolescência, aos 16 anos e com 1,68 metro, percebeu que tinha crescido muito para continuar no esporte. “É difícil admitir, mas ali não era mais o meu lugar”, lembra. Em 1997, mesmo sem convicção, passou a praticar salto com vara. Um ano depois, a garota magra e alta para as piruetas da ginástica artística já tinha conquistado uma vaga para o mundial infantil. “Disse para mim mesma: ‘Acho que levo jeito pra isso’”, relembra. E lá se vão 11 anos. Durante esse período, Fabiana, que nasceu em Campinas e mora na capital desde 1999, ganhou excelentes posições em mundiais — em Valença, na Espanha, ficou em terceiro lugar, saltando 4,70 m; em Osaka, no Japão, conseguiu o quinto lugar, com 4,65 m. A melhor marca foi um salto de 4,80 m, durante o último Troféu Brasil de Atletismo, realizado em São Paulo. Agora, ela, que treina em torno de seis horas por dia, promete brigar pelo ouro no dia 16 de agosto. “A melhor marca é 4,90 m, de uma americana, mas estou bem e acredito que nada é impossível”, diz. Alguém discorda?

MÁRCIO WENCESLAU
O que o seriado Jaspion tem a ver com o representante brasileiro em Pequim de taekwondo, na categoria 58 quilos, o paulistano Márcio Wenceslau, 28 anos? Tudo. Foi graças ao seriado japonês, recheado de lutas marciais, que a mãe do atleta, Irene, decidiu levá-lo para praticar o esporte. “Eu tinha 10 anos e, no fim de cada capítulo, eu e meu irmão Marcel saíamos lutando pela casa”, conta. Nem a própria mãe poderia imaginar as vitórias que viriam depois. Márcio tem em seu currículo centenas de prêmios, entre eles a medalha de ouro no Pan-Americano, da Argentina; e em 2006, a de prata, no Rio. Considerado um dos representantes mais fortes do taekwondo, o atleta leva uma vida espartana. Como não pode passar dos 58 quilos, come muita sa lada e grelhados e treina cinco horas diariamente. “É preciso ter muita garra e persistência, até porque não tenho patrocínio”, diz. E sabe o que aconteceu com o irmão com quem lutava, Marcel, de 27 anos? Ele é reserva de Márcio em Pequim. O atleta encara os adversários em 20 de agosto.

LUIZA TAVARES DE ALMEIDA
Aos 2 anos, pouco mais que um bebê, Luiza Tavares de Almeida cavalgava junto com a mãe, Thereza, na fazenda da família, em Itu, no interior de São Paulo. O início precoce fez da paulistana Luiza, hoje com 16 anos, a mais jovem amazona em toda a história dos jogos olímpicos. Aos 5 anos, competia na modalidade salto, categoria minimirim. Levou muitos tombos, mas jamais desistiu. “Quando caía e não queria mais montar, minha mãe insistia, para que eu não ficasse traumatizada”, diz. Ao completar 12 anos, o pai perguntou se queria competir seriamente. A resposta? Sim. Para corrigir a postura, começou a treinar na modalidade adestramento clássico — e aí se encontrou. Em 2 007, ajudou o Brasil a conquistar a medalha de bronze por equipe depois de 24 anos de jejum, nos jogos Pan-Americano do Rio. Em Pequim, compete de 10 a 13 de agosto, com Samba, um puro-sangue lusitano.

GUSTAVO TSUBOI
Uma brincadeira de adolescente Gustavo descobriu a vocação para a modalidade graças ao irmão mais velho, Henrique com quem sempre jogava tênis de mesa. De tanto brincar com o irmão, passou a se interessar mais pelas bolinhas. Foi aprender a jogar “de verdade” no Esporte Clube Banespa. Em menos de um mês de aulas, resolveu participar de campeonatos no colégio onde estudava, o Arquidiocesano. O destino estava selado. Os 11 anos de dedicação lhe valeram inúmeros títulos. Entre eles, duas medalhas de ouro nos mundiais infantis — de 2002, no Peru; e 2003, no Egito. E a medalha de ouro, em 2007, no Pan do Rio.
O segredo do sucesso? “Concentração e disciplina.” E, claro, talento natural. Há dois anos, Gustavo mora e treina na França, dedicando ao tênis de mesa cinco horas todos os dias, sob a orientação do técnico chinês Wei Jianrem. E é um dos prováveis candidatos ao ouro, encarando os concorrentes de 13 a 23 de agosto.
(revista RSVP - Editora Caras)

Patrimônio: Uma visita à residência de verão do governador




TEXTO: ANA MUNIZ FOTOS: ANA FASSONE

Construído no meio do Parque Estadual da Cantareira, um enorme casarão da década de 30 chama a atenção de quem visita o Horto Florestal. Trata-se do Palácio de Verão do Governo de São Paulo, uma construção com influências neo-coloniais e européias rodeada por árvores centenárias como o pau-brasil e o carvalho nacional e uma rica fauna que inclui capivaras e pássaros como garças, tico-ticos, tucanos e martins-pescadores. Além dos conhecidos Palácios dos Bandeirantes, no Morumbi, e Boa Vista, a residência de inverno, em Campos do Jordão, os governadores paulistas também contam com um refúgio durante o verão. Entre outros, o palácio da Cantareira já hospedou Adhemar de Barros, Mário Covas e, mais recentemente, Claudio Lembo. A casa é um verdadeiro museu, com peças dos séculos XVIII, XIX e XX. Entre os destaques, porcelanas da época do Império e gravuras da vegetação brasileira feitas pela botânica inglesa Margareth Mee. Apesar de abrigar inúmeras obras, o palácio não está aberto à visitação. Mas RSVP desvenda alguns segredos da casa para os milhares de curiosos que todo mês visitam o Horto. Cercado por sete mil hectares de vegetação, o Palácio de Verão tem arquitetura eclética que mistura influências neocoloniais e européias.

A história do Palácio de Verão tem início em 1890, quando o governo paulista decidiu desapropriar inúmeras fazendas existentes na Serra da Cantareira para recuperar a Mata Atlântica e preservar os mananciais. Depois de uma pesquisa feita por uma comissão formada pelo engenheiro Ramos de Azevedo e o naturalista sueco Albert Löefgren, uma delas, a da Pedra Branca, do comerciante Pedro Borges, foi transformada no Horto Botânico de São Paulo. Por causa do clima agradável e de sua geografia, fauna e flora diversificadas, o então governador Adhemar de Barros chegou à conclusão de que aquele lugar seria perfeito para abrigar a residência de verão dos governadores Paulistas. E ele tinha razão. A casa de verão, erguida bem no meio do Parque Estadual da Cantareira é um belo refúgio cercado por sete mil hectares de vegetação — maior floresta em área urbana do mundo —, com 90% de árvores nativas, como pau-brasil, carvalho nacional, pau-ferro, jatobá, eucalipto e até pinheiros históricos, que foram plantados em 1896 por Löefgren. Sem falar nas diversas espécies de animais que passeiam livremente pelo parque e próximos à residência, como macacos, capivaras e gambás. O palácio tem oito quartos (sendo cinco suítes), três salas (íntima, de estar e de jantar), um pequeno escritório, um hall, quatro varandas, uma adega e uma enorme cozinha. Nos fundos, há ainda a edícula do administrador do local e outra usada pelos policiais que fazem a segurança. Por dentro, a casa é um sonho, principalmente, para os amantes das artes. O local é recheado de obras históricas, como vitrais originais da Casa Conrado, empresa do final do século XIX que fez peças para pontos históricos de São Paulo, como a Casa das Rosas, a Faap e o Mercado Municipal. Há também mobiliário do período colonial brasileiro e releituras dos séculos XVII e XVIII, feitas nas décadas de 30 pelo Liceu de Artes e Ofícios. Os móveis eram feitos por artistas da época. Um lustre holandês em bronze do século XVII e até um oratório francês do século retrasado são outras preciosidades. Nos aposentos do governador, uma curiosidade: a cama instalada ali, trazida do Palácio dos Bandeirantes, foi usada pela Rainha Elizabeth II quando ela esteve em visita à cidade de São Paulo, no início dos anos 70. Desde que se tornou casa de campo do governo estadual, inúmeros governadores se hospedaram no local, como Adhemar de Barros, Paulo Egydio Martins, Paulo Maluf, Franco Montoro, Luiz Antônio Fleury e Claudio Lembo. Alguns fizeram até algumas obras para torná-la mais agradável. “O Abreu Sodré gostava muito de vir pra cá, tanto que mandou construir a piscina”, lembra o diretor do Departamento de Serviço e Conservação, Anibal Fernandes, que trabalha há quase 50 anos na manutenção dos três palácios. Fernandes conta que Orestes Quércia mandou construir um banheiro privativo no quarto principal, destinado ao governador. Mário Covas, que se hospedou na casa inúmeras vezes, principalmente quando já estava doente, fez melhorias para revitalizar o parque, por onde gostava de fazer caminhadas. A casa também passou por uma grande reforma entre março e abril de 1985, para abrigar o então presidente Tancredo Neves. Alguns freqüentadores do parque têm tanta vontade de conhecer o palácio do governador, que, vez por outra, aqueles que ultrapassam os limites do quintal são barrados pelos seguranças e o administrador do local, José Antônio Campos da Silva, que há quatro anos cuida da casa.

A GUARDIÃ DAS OBRAS DE ARTE
Com um jeito tranqüilo e seguro de falar, a curadora do acervo artístico e cultural dos três palácios, a diretora Ana Cristina Carvalho, é responsável por uma coleção com mais de 3500 obras, entre esculturas, pinturas, louças, prataria e mobiliário. Só no Palácio de Verão são cerca de 500 peças. “É um privilégio trabalhar com esse acervo lindíssimo”, diz, entusiasmada. Apaixonada pelo trabalho, ela acredita que a única maneira de o jovem preservar e respeitar obras de arte é conhecê-las. Tanto que desenvolve um programa educativo com monitoramento nos Palácios dos Bandeirantes e Boa Vista. Cheia de idéias e projetos, ela sonha com o dia em que verá o jardim do Palácio de Verão repleto de estudantes curiosos. “Tenho compromisso com o patrimônio e claro que gostaria de abrir essa casa para visitação e ver as pessoas mergulhadas nesse espaço bucólico. Mas é uma decisão que cabe ao governador”, desconversa, dizendo que, para o próximo ano, tem um grande projeto. Quem sabe os dias de palácio fechado está chegando ao fim!

Parque Estadual da Cantareira: Rua do Horto, 931 – Tremembé. Tel.: 6231-8555.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

ESPECIAL QUALIDADE DE VIDA: Condomínios de Alto Nível




POR ANA MUNIZ

Condomínios de alto nível “descobrem” a região

Ao longo das estradas que ligam São Paulo a duas das principais capitais
do país — Rio de Janeiro e Belo Horizonte — começam a pipocar empreendimentos imobiliários de nível.

Morar bem, com segurança, a tranqüilidade do campo e as facilidades da cidade, não é mais exclusividade dos sofisticados condomínios da capital ou de Campos do Jordão, agora existem também boas opções em municípios como Santa Isabel, Arujá, Jacareí, São José dos Campos e Atibaia.
Em meio à Mata Atlântica, o Reserva Ibirapitanga é um exemplo disso. O loteamento dedicado aos apaixonados pela natureza tem mais de 5 milhões de m² com trilhas e cachoeiras, na Serra da Mantiqueira, entre os municípios Santa Isabel e Arujá. O projeto consumiu mais de oito anos de trabalho junto aos órgãos de controle do meio ambiente para ser regulamentado. Hoje, é um dos primeiros a fazer parte da Reserva Particular de Proteção Natural (RPPN), que permite a comercialização de terreno aliada à preservação do meio ambiente. O resultado é um residencial com mais de 4 milhões de m² de área de mata atlântica reservada.
O restante foi distribuído em 853 lotes, de 800 a 1 500 m². “Esse tipo de ocupação é inteligente, já que preserva a fauna e a flora locais e ainda impede a invasão desordenada”, explica o diretor-geral da Scopel, Eduardo Scopel. O Ibirapitanga —nome indígena do pau-brasil — inclui ainda um clube particular com ciclovia, centros de conveniência e hípico, campo de futebol e quadras poliesportivas e de tênis.
Outro residencial em completa harmonia com a natureza é o Aruã, em Mogi das Cruzes, pertinho da Rodovia Ayrton Senna. Ele possui 3,99 milhões de m² e mais de 1 milhão de m² de área verde preservada. No bairro planejado, com 5 mil terrenos, destes 3 200 já vendidos, vivem quase 2 mil famílias. Os moradores dispõem de trilhas ecológicas pela mata e um clube com toda estrutura, além de uma excelente escola, uma filial do tradicional colégio paulistano Pueri Domus. Em breve, ganhará ainda um centro de compras, o Aruã Boulevard.
Em São José dos Campos, a novidade é o residencial AlphaVille São José, que será inaugurado em 2 008 dentro do mesmo conceito do pioneiro, instalado em Santana de Parnaíba. O megaempreendimento, com um total de 3,3 milhões de m², será aberto em fases. A primeira, com 1,3 milhão de m², terá 571 lotes, entre residenciais e comerciais, com parque, praças e clube privativo com piscinas, quadras de tênis e poliesportivas e campo de futebol, entre outros itens de lazer. Só de área verde serão 495 mil m². “A população do Vale do Paraíba tem renda, quer qualidade de vida e já deixou claro que existe uma demanda por um empreendimento como este por aqui”, explica o diretor da Rossi, Marcelo Dadian.
Em Jacareí, a antiga Fazenda Xavier, famosa desde o início do século passado pela produção de café, vai dar lugar ao Condomínio das Palmeiras, com 206 casas. Mas a sede da fazenda, de taipa, será preservada e vai abrigar o club house, que terá salões de festas e de jogos, fitness room, varanda com vista para o jardim e piscinas, entre outras amenities. “Hoje, os empreendimentos que oferecem opções de lazer, área verde e segurança acabam conquistando um público que busca qualidade de vida sem sair de casa”, termina Dadian.
Na Rodovia Fernão Dias, o destaque é a Quinta da Baroneza, em Bragança Paulista. Localizado na antiga Fazenda Baroneza será um sofisticado loteamento, com terrenos a partir de 3 mil m², que ocupará uma área total de 10 milhões de m², em meio a mais de 20 nascentes e matas preservadas. Entre as áreas de lazer, o principal destaque é o campo de golfe, assinado por Dan Blan kenship, responsável pelo design de diversos campos em todo o mundo. No Brasil, ele criou os campos do Hotel Transamérica Comandatuba e do Club Med, de Trancoso. O Quinta terá ainda centro hípico, quadras de tênis, futebol society e areia, sala de ginástica, sauna, piscinas de adulto e criança, ciclovias, pistas para caminhadas e trilhas demarcadas em meio à mata para cavalgar.

ESPECIAL QUALIDADE DE VIDA: Fazendas e Condomínios de Luxo




POR ANA MUNIZ

No interior de São Paulo, propriedades que em outros tempos simbolizaram o poder e a opulência da região vêm mudando de perfil e se transformando em empreendimentos de alto padrão. A riqueza e o glamour continuam lá, só que numa versão mais adequada ao século XXI.

A fazenda Santo Antônio, agora chamada de Haras Larissa, é um exemplo perfeito dessa tendência. O condomínio lançado no local te rá centro hípico e campo de pólo. Na São Silvano, com quase 2,5 milhões de m², há qua dras de tênis e um bosque repleto de árvores frutíferas. Ao longo das rodovias Anhanguera e Bandeirantes, condomínios-clube unem sofisticação, segurança, muito contato com a natureza e itens de lazer diferenciados.
Localizado em Monte Mor, o Haras Larissa — antiga fazenda de criação de cavalos da família Bordon — está sendo preparado para dar origem a um condomínio de alto padrão com lotes de 1 500 a 4 mil m² que podem custar até R$ 900 mil. A sede da fazenda foi convertida numa charmosa pousada com 17 apartamentos só para abrigar condôminos e seus convidados. Toda a estrutura do haras foi mantida, com suas 98 cocheiras, clínica veterinária, um campo oficial de pólo e uma piscina de hidroginástica especial só para os cavalos se exercitarem. A fazenda é um verdadeiro clube-privativo, com inúmeras opções de lazer, como trilhas para cavalgada, caminhada e bike, 2 lagos, 2 quadras de tênis de saibro cobertas e mais 2 duas descobertas, 2 quadras rápidas de tênis, 1 quadra de tênis de grama, piscinas adulto e infantil, sala de jogos (uma delas exclusiva para bridge) e um campo de golfe com 9 buracos, sem falar no pomar e no heliponto.
Na Fazenda São Silvano, situada em Morungaba, são 200 mil m² reservados para os 63 lotes. O empreendimento inclui quadras de tênis, ciclovia, playground, lago com deck, pista de skate, trilhas, bosque e restaurante.
Já para os que preferem aliar o contato com a natureza e as comodidades da vida urbana vale citar o Alpha Ville D. Pedro, em Campinas. Com 397 lotes, o condomínio, próximo ao Galleria Shopping, terá 370 mil m² só de área verde. A área de lazer inclui piscinas semiolímpicas, quadras de tênis e poliesportiva, campo de futebol society e setores verdes que formam alamedas.
O projeto inclui também a recuperação da vegetação original e o plantio de aproximadamente 10 mil mudas de árvores e plantas nativas e exóticas. Outro empreendimento com estrutura de clube é o Residencial Reserva da Serra, em Jundiaí, com 728 lotes distribuídos em 911, 97 mil m². O condomínio-clube conta com quiosque, forno para pizza, churrasqueira, playground, pista de caminhada e cooper com equipamentos de ginástica, praças, jardins, piscinas adulto e infantil, quadras de tênis e poliesportiva, campos de futebol society, lago, fitness center, saunas e trilha ecológica.
Em Cabreúva, o Portal do Japy terá 180 mil m² de áreas verdes, lotes com no
mínimo 1 000 m², ciclovia, trilhas para caminhada, pista de cooper, quadras de
tênis, lagos, piscinas e uma linda sede com um espaçoso e bem-equipado salão para eventos. Tudo isso a apenas cerca de 80 km da capital.

ESPECIAL QUALIDADE DE VIDA
RESIDENCIAL NEUTRALIZA OS GASES EMITIDOS
DURANTE SUA CONSTRUÇÃO

A preocupação com o meio ambiente, principalmente com o aquecimento da terra e o efeito estufa rendeu a Al Gore, o ex-vice presidente dos EUA, o Prêmio Nobel da Paz e é uma questão que afeta o dia-a-dia de todos nós. Até os incorporadores imobiliários já levam em conta essa preocupação e, por conta disso, lançaram o primeiro residencial do Estado de São Paulo a obter um certificado de neutralização de emissão de gases de efeito estufa, o Capital Ville, em Cajamar.
Construído em uma área de 1,84 milhão de m², o Capital Ville é um condomínio ecologicamente correto, que recebeu este ano, o selo Carbono Neutro, concedido pela Max Ambiental por neutralizar todos os gases emitidos em virtude do consumo de energia elétrica durante a construção de suas casas.
Na prática, a coisa funciona da seguinte forma: para compensar as 57 mil toneladas de gases emitidos durante os trabalhos de terraplanagem, drenagem e pavimentação dos dois residenciais, foram plantadas 288 árvores. O plantio e a manutenção das árvores são realizados pela organização SOS Mata Atlântica dentro do projeto Florestas do Futuro. E o trabalho ecológico não termina aí e também conta com a colaboração dos proprietários dos lotes. Para eles também é oferecida a neutralização de consumo de energia elétrica na hora de construir uma casa de porte médio, desde a fundação até a cobertura. “Essa ação conscientiza a comunidade e outras empresas para a questão ambiental e também mostra a responsabilidade do morador. Só conseguiremos combater o aque cimento global se cada um fizer a sua parte”, explica o diretor de marketing da Max Ambiental, Eduardo Petit. Com terrenos de 700 m², o Capital Ville também tem a estrutura de um clube completo, com restaurantes, quiosques, salão de jogos, fitness, piscinas, quadras de tênis e de vôlei de areia, campo de futebol
society e pista de cooper.

ESPECIAL QUALIDADE DE VIDA: Condomínios Residenciais




POR ANA MUNIZ

A região do Grande ABC sempre foi um importante pólo industrial do Estado de São Paulo, mas há algum tempo vem mudando de perfil. Várias unidades fabris se mudaram para outras partes do país atraídas pelos incentivos fiscais, e o que sobrou foram enormes galpões desocupados. Aproveitando essa situação, vários incorporadores viram ali uma oportunidade para lançar grandes empreendimentos residenciais. Por conta disso, uma série de projetos grandiosos está brotando na região, principalmente em São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul.

Um exemplo disso é o Domo, localizado próximo à Prefeitura de São Bernardo e do shopping Metrópole. A proposta ali é criar um novo bairro na área de mais de 140 mil m² que abrigava a Fábrica de Tecidos e Cobertores Tognato e já estava há algum tempo desocupada. Pertinho do Centro da cidade, o complexo inclui apartamentos, escritórios, um boulevard de serviços e até uma espécie de parque urbano aberto para a cidade, com ciclovia e playground para a criançada. O grandioso projeto, o maior já realizado no município — com previsão de volume geral de vendas de R$ 600 milhões —, será lançado em várias fases e deve ser concluído em cinco anos. O Domo Home terá 784 unidades residenciais em sete torres erguidas num terreno de 40,3 mil m². As áreas comuns incluem desde salão de festas até um complexo aquático de 5 mil m². “Hoje, por falta de tempo, as famílias procuram condomínios com lazer e serviços. É uma evolução no jeito de morar”, explica Rogério Santos, diretor de planejamento e marketing da Abyara. É também em uma área que foi ocupada por fábricas em São Bernardo que será construído o Arcadia Resort Residencial, direcionado ao público que deseja viver em um condomínio-clube, em apartamentos com área entre 80 a 104 m². O projeto tem toda a infra-estrutura de um clube, com quadras recreativas e poliesportivas, complexo de piscinas com raia, toboágua e espaço para biribol, brinquedoteca, child care, espaço de meditação e parede de escalada. Para relaxar, haverá também alamedas e praças repletas de árvores frutíferas. A entrega das primeiras unidades está prevista para março de 2010.
Outro megacondomínio do ABC é o Pateo Catalunya, em São Caetano. O empreendimento ocupará o antigo pátio da General Motors, num terreno de 43 800 m². Suas oito torres residenciais terão 700 unidades, espaço gourmet, área de recreação infantil e salões de festas infantil, adulto e de jogos juvenil; atelier/hobbies, fitness center, spa, piscinas, playground, churrasqueira, pista de skate e duas quadras descobertas. A primeira fase do empreendimento será entregue em agosto de 2 010. “Com os novos lançamentos, o morador do ABC está encontrando empreendimentos com a mesma qualidade de São Paulo, mas com muito mais espaço para lazer”, conta Santos.
Intitulado de clube parque, o Ânima, em São Bernardo, também aposta no divertimento para toda a família. Com mais de 67 mil m², o local, que antes abrigava uma fábrica de embalagens da Matarazzo, oferece mais de 50 itens de lazer, como trilhas para caminhada, área de recreação infantil, pistas de boliche e até uma garage band dedicada aos jovens que se arriscam tocar algum instrumento. O empreendimento será todo rodeado de árvores frutíferas. Por fim, para os que preferem morar em casa, a opção é o condomínio Chácara dos Pássaros, em São Bernardo. Num terreno de 40 500 m² serão construídas 207 residências de dois tipos: casas Tangará, de 144 m², e Juriti, de 101 m². O condomínio será uma verdadeira vila cercada de verde e terá também um pergolado para leitura, piscinas, quiosques, churrasqueiras e forno a lenha. O paisagismo está a cargo de Benedito Abbud.

ESPECIAL QUALIDADE DE VIDA: Baixada Santista



POR ANA MUNIZ

Novas opções na Baixada Santista e no Litoral Norte

No litoral de São Paulo, grandes empreendimentos estão aumentando o leque de opções para quem quiser comprar um refúgio para os fins de semana ou mesmo para fixar residência. Entre os lançamentos de alto padrão, destacam-se os condomínios Península São Lourenço e Cassis — ambos na Riviera de São Lourenço —, o Raízes, em Juquehy, o Passeio Embaré, em Santos, e o Pantai Peninsula, no Guarujá. No Litoral Norte, mais precisamente em Ihabela, o condomínio Yacamim é destaque, com seus 140 mil m² em uma das áreas mais valorizadas da costa paulista.

Em Juquehy, o condomínio Raízes, da Cyrela e da Sanca, fica a apenas 100 m da areia e terá 526 mil m² com 92% de área verde preservada e itens de lazer dignos de um resort. O Península de SãoLourenço, na praia da Riviera, é um projeto
integrado com a natureza. O condomínio, de 50 mil m², abriga três torres de nove andares: Brisa, Coral e Ondas. No total, são 60 unidades, de 160 a 260 m², todas com vista para o mar. Totalmente integrada à região, a área de lazer é um complemento da vista privilegiada do condomínio, que contempla duas praias, a de Riviera e de Itaguaré. O empreendimento é cercado por área verde em meio a espaços para relaxar e praticar esportes.
Ainda na Praia de São Lourenço, o Cassis está sendo construído em um terreno de 7,6 mil m². São quatro edifícios (Horizontes, Gaivotas, Duna e Orla), de dez andares, com apartamentos que variam de 163 a 307 m². O empreendimento tem ampla vista para o mar e o morro de São Lourenço. A área de lazer, projetada por Patrícia Anastassiadis, inclui lounge gourmet, piscinas, deck e wet bar.
Em Santos, o Passeio Embaré será um empreendimento de alto padrão, com apartamentos entre 155 m² e 298 m². Construído num terreno de 2,6 mil m², oferece inúmeras opções de lazer como fitness, salões de jogos e de festas com espaço gourmet e piscina de 25 m com raia, entre outros.
Ainda na cidade, o Enseada das Orquídeas, construído em uma área de mais de 15 mil m², terá ainda um bosque preservado e privativo de 6 mil m² e vista privilegiada para o mar em determinadas unidades. Para se divertir, os condôminos terão piscinas, quiosques com churrasqueiras, praças, redário e até uma lan house. Tem previsão de entrega para junho de 2 010. “A Baixada Santista estava um pouco esquecida. Mas, com a chegada da Petrobras, que irá investir mais de R$ 50 bilhões na bacia de gás, a cidade voltou a ser alvo de grandes empreendimentos”, explica o diretor-presidente da Yuny Incorporadora, Marcelo Yunes.
Em São Vicente, o residencial Vilas de São Vicente, com previsão de entrega
para outubro de 2 010, traz o conceito de “vila”, perto da praia, mas com toda a infra-estrutura e comércio da cidade. O condomínio será formado por dois edifícios
com endereços diferentes: o Jacob Emerich, ao lado do Shopping Brisamar, e o
João Ramalho, na praia do Gonzaguinha. Entre as opções de lazer: piscina com solarium, sauna, fitness, espaço gourmet com churrasqueira e terraço com mi rante.
No Guarujá, a novidade é o Pantai Peninsula, ainda sem data de entrega, na praia da Enseada. O projeto em estilo balinês é um condomínio horizontal com repleta área de lazer, como piscinas, solarium e mirante, entre outros itens. “Hoje, as pessoas estão atrás de uma vida mais sossegada, principalmente em cidades praianas com uma boa infra-estrutura. Quem não gosta de caminhar à beira-mar?”, termina Rubens Júnior, gerente de Negócios da Rossi.
No sul de Ilhabela, pertinho da praia do Curral, será construído o Yacamim, com toda a estrutura de um resort. O termo Yacamim, que em tupi-guarani significa
“voar alto”, faz jus ao megaempreendimento, que contará com restaurantes, bares, piscinas, quadras de tênis e poliesportivas, fitness room, spa L’Occitane,
cinema e cybercafé. Além disso, terá baby-sitters, personal trainers, serviço de
apoio na praia, náutica e muito mais. O empreendimento terá bangalôs de 40 a 86
m² e casas de 120 a 333 m². Para quem deseja apenas passar um fim de semana
no local, haverá um hotel. O projeto abriga ainda uma área de mata preservada repleta de animais, como macacos, gaviões, corujas, jacutingas, beija-flores, papagaios e periquitos. A data prevista de entrega do Yacamim é abril de 2 009.

ESPECIAL QUALIDADE DE VIDA: São Caetano





POR ANA MUNIZ

Quando se pergunta qual a melhor cidade brasileira para se viver, alguns logo pensam em uma praia maravilhosa, outros imaginam uma charmosa vila na montanha. Mas, analisando-se uma série de indicadores, a cidade com melhores condições de vida é São Caetano do Sul, na Região Metropolitana de SP. Em 2º lugar, figura a pequena estância Águas de São Pedro, perto de Piracicaba.
O grau de desenvolvimento de um país ou cidade é definido pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), criado para medir o avanço das condições de vida nos países. O IDH é aferido com base em 3 indicadores: educação (alfabetização e taxa de matrícula), longevidade (expectativa de vida ao nascer) e renda (PIB per capita). Os valores variam de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Países com IDH até 0,499 são considerados de desenvolvimento humano baixo; aqueles que têm índices entre 0,500 e 0,799 são os de desenvolvimento humano médio; com números maiores que 0,800 são os que possuem desenvolvimento alto.
O IDH foi criado pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq com a colaboração do indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1 998. Desde 1 990, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) publica anualmente um ranking com a posição de mais de 100 países. No Brasil, ele deu origem ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), que mede a situação em menor escala, município por município. “O IDH trouxe uma nova visão de desenvolvimento, pois só o crescimento econômico não garante o crescimento de um país. Tem de levar em conta as melhoras na educação e na saúde”, diz Jean Bernardini, oficial de coordenação do sistema das Nações Unidas no Brasil.
Um dos motivos que apontam São Caetano como a melhor cidade do Brasil para se viver, com 0,919 de IDH, é a longevidade, com esperança de vida de 78,2 anos. O município tem ainda uma das menores taxas de analfabetismo do país (menos de 1%) e 100% de infra-estrutura (água, luz e esgoto). Com 140.159 habitantes, tem desenvolvimento humano equivalente ao de uma cidade do primeiro mundo, como Wellington, na Nova Zelândia. Já Águas de São Pedro, tem IDH de 0,908 por conta da alta renda familiar média. Outro fator que ajudou na boa posição da cidade é a esperança de vida de 77,4 anos, seguida pela educação com média de ensino de 8 anos. A cidade tem também 100% de taxa de urbanização e residências com instalações adequadas de esgoto e água tratada. Ainda entre as cidades do Estado de São Paulo bem colocadas no ranking brasileiro, vale citar Ribeirão Preto, que aparece na 21ª posição, com IDH de 0,855 por conta da educação. A cidade, de 504.923 habitantes, tem 97% de freqüência escolar entre 7 a 14 anos. Santana do Parnaíba ocupa a 23ª posição, com IDH de 0,853. Logo atrás vem Campinas, na 24ª colocação, com IDH de 0,852. Com IDH de 0,849, São José dos Campos, está na 37ª posição por causa de seus altos investimentos na área social e na educação.

BRASIL É O 69º MELHOR PAÍS
Com 0,792 de IDH, o Brasil ocupa o 69º lugar no ranking mundial, que inclui 177 países. Ao contrário do que muita gente pensa, os EUA não são o primeiro colocado, estão apenas na 8ª posição, com um IDH de 0,948. O primeiríssimo lugar da lista em desenvolvimento humano é da Noruega, que tem um IDH de 0,965. Com expectativa de vida de 78,9 anos, o principal motivo da excelente colocação do país é a combinação de população pequena (4,64 milhões de habitantes) e PIB per capita elevado (média de 52 600 euros). Na segunda
posição, está a Islândia, com 0,960 de IDH, e, na terceira, a Austrália, com 0,957. O Japão aparece no 7º lugar, com IDH de 0,949. A Nigéria está em último lugar, com o pior índice de desenvolvimento humano: 0,311. Entre os países da América Latina e do Caribe, 13 apresentam desempenho superior ao brasileiro, como o México (53º colocação, com IDH de 0,821), Cuba (50º, com IDH de 0,826), Uruguai (43º, com IDH de 0,851) e Argentina (36º com IDH de 0,863).
Mas a posição do Brasil pode mudar, já que até o fim deste ano será divulgado um novo ranking e a evolução dos indicadores aqui tem sido maior do que em outros países. Entre os estados do Brasil, São Paulo ocupa a 3ª colocação no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano, com 0,820. A primeira posição é do Distrito Federal, com 0,844. O segundo lugar é de Santa Catarina, com 0,822. Outra pesquisa coloca a cidade de São Paulo em 62ºlugar entre 71 pesquisadas.
O levantamento foi feito por economistas ambientais da Universidade da Califórnia
e teve como base principalmente a “saúde ambiental” das localidades, aferida levando em conta a qualidade do ar, da água e indicadores como a mortalidade infantil, a expectativa de vida e as taxas de incidência de algumas doenças. Segundo esse ranking, divulgado recentemente pela revista Readers Digest, a liderança é de Estocolmo, na Suécia, e o segundo lugar é de Oslo, na Noruega. A Alemanha tem três cidades entre as dez melhores: Munique (3ª colocação), Frankfurt (5ª) e Stuttgart (6ª). Paris ficou em 4º lugar, e Nova York, em 15º.


AS CIDADES PAULISTAS NO TOPO DO RANKING DO IDH*
1º São Caetano do Sul
2º Águas de São Pedro
5º Santos
14º Jundiaí
15º Vinhedo
21º Ribeirão Preto
23º Santana de Parnaíba
24º Campinas
27º Saltinho
29º Ilha Solteira
37º São José dos Campos
38º Araçatuba
42º Paulínia
44º Presidente Prudente

domingo, 29 de novembro de 2009

CURRÍCULO


contato:
ana-muniz@bol.com.br

Especialização em Jornalismo Cultural (1997), experiência em Jornalismo de Gastronomia, Variedades, Cidades, Terceiro Setor, Celebridades, Televisão e Revista.

Formação


●Graduada em Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, Facos-UniSantos (SP), em 1995.


Experiência

●2010-2011 - Subeditora, Revista Hola! Brasil, Editora Siquini. Edição de gastronomia, astrologia, moda, beleza, estilo e celebridades em geral com ênfase em monarquia. Coordenação de colunistas. Edição e fechamento.

●2010 - Editora, São Paulo Life - Guia da Cidade de São Paulo - Golden Book 2010, Editora Siquini. Revisão, checagem, texto e edição de guia de luxo sobre a capital paulista. Roteiros de compras, esportes, arte e decoração, motor, beleza, cultura, passeios, gastronomia, hospedagem, noite, negócios e serviços úteis.

●2010 - Coordenadora. Escritório Brasileiro de Comunicação (EBC). Assessoria de Imprensa. Coordenação de equipe, elaboração de press-releases, follow-up, acompanhamento a jornalistas em pautas com clientes.

●2004 – Repórter, Revista RSVP, Editora Caras. Reportagem de variedades, celebridades, cidades, terceiro setor e curiosidades sobre São Paulo. Roteiros de gastronomia, exposições e teatro. Edição, fechamento e copidescagem.

●2003-2004 – Repórter, Jornal Agora São Paulo. Assistente da Coluna Olá!, de variedades, do jornalista Odair del Pozzo. Apuração e checagem de informações exclusivas. Edição e fechamento.


●2002 – Assessora de Imprensa, Contato Assessoria de Comunicação. Assessoria de Imprensa para rede de doceiras Holandesa, Kimie Clínica Terapêutica e restaurantes. Press-releases, contatos com jornalistas.

●2002-2003 – Assessora de Imprensa, XPress Assessoria em Comunicação. Assessoria de Imprensa para a Unilever Bestfoods. Press-releases, contatos com jornalistas, projetos de RP, eventos.

●2000-2001 – Repórter, Revista Contigo, da Editora Abril. Reportagens e pautas de variedades e celebridades. Coberturas especiais de festas e eventos.

●2001 – Repórter free-lancer, Revista Capricho, da Editora Abril. Reportagens eventuais e capas sobre comportamento e o mundo adolescente feminino.

●1998-2000 – Repórter, Revista Amiga, da Bloch Editores. Reportagens e pautas de variedades, celebridades e televisão. Coberturas especiais de festas e eventos.

●1999 – Repórter free-lancer, Revista Acontece, da zona leste de São Paulo. Reportagens, pautas e edição de textos sobre a zona leste da capital paulista e seus personagens.

●1998 – Redatora, Jornal O Estado de S.Paulo, Suplemento Viagem. Redação da coluna “Faças as malas”, com informações turísticas de pacotes de viagens, hotéis e passagens aéreas.

●1998 – Repórter, Diário Popular, suplemento Revista. Reportagens e pautas de variedades, celebridades e televisão.

●1995-1996 – Repórter, Jornal ValeParaibano, de São José dos Campos, no Vale do Paraíba (SP). Reportagens e pautas de variedades, cultura regional, televisão e cidades.

Outras informações

●Cursos complementares: Jornalismo Econômico, Sindical e Empresarial e Assessoria de Imprensa (Facos-UniSantos)
●Inglês, intermediário, aula particular
●Espanhol, intermediário, Centro Espanhol de Santos